Daniel Wilges: entre acervos criativos, uma biblioteca para colecionar sensações

Ócio. Naturalidade. A soma dos termos batiza a inebriante biblioteca vintage do arquiteto Daniel Wilges, em exposição na capital. Ócio natural é o nome do espaço, um cubo de cimento queimado que convida ao fazer literalmente nada, a reduzir o ritmo e entregar-se à companhia de um bom livro, um disco e, claro, à arquitetura. 

Para aplacar a brutalidade do concreto, uma criteriosa curadoria de peças agrega madeiras, metais, peles e tecidos macios. Ao lado da poltrona de veludo belga, assinada por ele, pelegos, baús com livros e grandes almofadas esparramadas pelo chão somam calor e um preguiçoso aconchego.


Da releitura do papel de uma biblioteca surgiu a temática: em tempos digitais, livros compartilham lugar com outros acervos e o ambiente abraça um coletivo de obras afetivas. Peças de artesanato contemporâneo se alinham ao lado de lupas, esculturas e elementos nostálgicos com narrativas peculiares. Destaque para a peça de vidro assinada pela artista Regina Medeiros que adorna o ambiente. Uma inteligente manipulação dos óxidos de metais do solo mineiro pinta com organicidade a fundição do vidro, livremente inspirada na forma de um quiabo.

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Fotos: Jean Joris / Casa de Alessa


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